Jovens querem<br> andar para a frente
Sob o lema «Nas escolas, nas empresas e nas ruas, é pela luta que lá vamos!», realizou-se, no dia 11, na Escola Secundária Gil Vicente, o 18.º Encontro Regional de Lisboa da JCP, que contou com a presença de mais de uma centena de delegados.
Nas 47 intervenções feitas, os jovens comunistas descreveram ao pormenor a situação em que se encontram as escolas e universidades, enquadrada na continuação das políticas de elitização do ensino. O amianto, os passes que chegam a custar mais de 150 euros, a falta da Acção Social Escolar, a má qualidade e privatização das cantinas e dos serviços, a degradação das salas e a ausência de materiais adequados, a falta de funcionários, as turmas sobrelotadas, os estores que não funcionam e as cadeiras e mesas que são desadequadas à estatura dos estudantes, as bolsas que não chegam para todos e que nunca mais chegam, os ataques ao direito de reunião e à participação dos estudantes na vida associativa, entre outros. Foram estes os temas em discussão, de onde se concluiu que o Estado tem de se responsabilizar pela educação e garantir o cumprimento deste direito constitucionalmente consagrado.
Combate à precariedade
O mundo do trabalho também esteve em destaque no encontro. O combate à precariedade foi um tema dominante, mas este não está desligado da destruição da produção nacional, dos baixos salários, da sobrecarga de tarefas e do roubo de salários, horas entra e folgas. Desta realidade resulta a necessidade de «elevar a sindicalização nos sindicatos de classe e o patamar de luta», como se ouviu no encontro.
Aprovados o Projecto de Resolução Política e a proposta de Comissão Regional, ambos por unanimidade, João Frazão, da Comissão Política do Comité Central do PCP, frisou que o encontro demonstrou a «profunda ligação [dos comunistas] aos colegas de escola e de trabalho e do papel que têm na sua mobilização para a luta».
Por sua vez, Vasco Marques, da Comissão Política da Direcção Nacional da JCP, salientou, na intervenção de encerramento, que é tempo de «intensificar a luta em cada escola e local de trabalho» e «avançar no recrutamento e responsabilização de mais camaradas». Dando o mote para o Congresso da JCP que se avizinha, concluiu: «Com os olhos postos no futuro, é para a frente que os jovens querem andar! Temos a convicção de que é pela luta que lá vamos!».